A Importância da Responsabilidade Social Corporativa
Introdução
Responsabilidade social corporativa (RSC) é um tema que está cada vez mais presente nas conversas sobre o papel das empresas na sociedade.
Já se foi o tempo em que o único foco de uma organização era o lucro. Hoje, consumidores, funcionários e investidores esperam que as empresas façam mais — que elas assumam um papel ativo na construção de um mundo melhor.
Mas afinal, o que significa ser uma empresa socialmente responsável? É muito mais do que doar para caridade ou adotar práticas “verdes”.
A responsabilidade social corporativa envolve um compromisso profundo com questões sociais, ambientais e econômicas, integrando essas preocupações às decisões e operações do dia a dia.
Neste artigo, vamos explorar a importância da RSC no cenário empresarial atual. Além de ser uma estratégia valiosa para melhorar a imagem das empresas, ela traz benefícios concretos tanto para a sociedade quanto para os negócios.
Vamos entender como a responsabilidade social corporativa se tornou uma força poderosa que molda o futuro das empresas e de toda a sociedade.
Economato: O sistema que entende as necessidades da sua OSC.
O que é Responsabilidade Social Corporativa
Responsabilidade Social Corporativa (RSC) vai muito além de uma moda ou tendência passageira. Na verdade, ela se refere ao compromisso contínuo das empresas em contribuir para o desenvolvimento sustentável, equilibrando crescimento econômico, impacto social e cuidado com o meio ambiente. Parece complicado? Vamos descomplicar.
A Evolução da RSC
A ideia de que empresas têm uma responsabilidade com a sociedade não é tão nova quanto parece. Há décadas, grandes corporações começaram a perceber que seus impactos iam além dos números. O público também começou a exigir mais, pressionando as empresas a serem transparentes e responsáveis. Hoje, RSC não é mais uma opção — é praticamente uma expectativa.
Os Três Pilares da RSC
Para entender melhor como a responsabilidade social corporativa funciona, é útil dividir o conceito em três áreas principais:
- Social: Envolve a responsabilidade com as pessoas. Isso pode significar desde condições de trabalho justas até apoio a comunidades locais. Empresas socialmente responsáveis se preocupam com o bem-estar de seus funcionários, clientes e sociedade em geral.
- Ambiental: Aqui, o foco é minimizar os impactos ambientais das operações. Empresas que adotam a RSC investem em práticas mais sustentáveis, como a redução do consumo de energia, reciclagem e o uso de materiais ecológicos.
- Econômico: Não basta ser ambientalmente e socialmente responsável; uma empresa precisa ser financeiramente sustentável. O pilar econômico garante que as práticas de RSC sejam viáveis a longo prazo, sem sacrificar a saúde financeira da organização.
RSC x Filantropia
Um ponto importante é não confundir responsabilidade social corporativa com filantropia. Enquanto a filantropia envolve doações pontuais ou projetos isolados, a RSC está mais enraizada nas práticas diárias da empresa. É uma abordagem contínua, integrada à estratégia e cultura corporativa, e que faz parte das decisões tomadas todos os dias.
Por que Isso Importa?
Responsabilidade Social Corporativa não é só sobre “fazer o bem”. Empresas que adotam essas práticas ganham muito mais:
- Reputação positiva: Ser visto como uma empresa que se preocupa com o meio ambiente e as pessoas fortalece a imagem perante o público.
- Lealdade dos consumidores: Clientes preferem apoiar marcas com valores alinhados aos seus.
- Atração de talentos: Cada vez mais profissionais procuram empresas que tenham propósito e compromisso social.
Com uma base sólida de RSC, as empresas não só fazem o bem para a sociedade, mas também criam um ambiente onde todos saem ganhando.
E por falar em ganhar, como as empresas colhem os frutos dessa responsabilidade? É o que veremos na próxima seção, onde discutiremos os benefícios diretos da RSC para os negócios.
Benefícios da Responsabilidade Social Corporativa para as Empresas
Adotar a Responsabilidade Social Corporativa (RSC) não é apenas uma questão ética; é também uma excelente estratégia de negócios. As empresas que integram a RSC em suas operações não só impactam positivamente o mundo ao seu redor, mas também colhem inúmeros benefícios. Vamos explorar como a responsabilidade social pode transformar o futuro de uma organização.
1. Melhoria da Reputação e Imagem da Marca
Ser uma empresa socialmente responsável fortalece a imagem da marca. Hoje em dia, consumidores são mais informados e exigem transparência nas práticas empresariais. Empresas que demonstram um compromisso genuíno com questões sociais e ambientais ganham a confiança do público e são vistas como marcas éticas e confiáveis.
Benefício prático: Quando uma marca é associada a boas causas, ela se destaca no mercado, e essa reputação positiva abre portas para novas oportunidades de negócio.
2. Vantagem Competitiva no Mercado
Empresas que adotam práticas de RSC frequentemente se destacam da concorrência. Investir em práticas sustentáveis e socialmente responsáveis pode diferenciar uma empresa, fazendo com que consumidores e parceiros de negócios escolham trabalhar com ela em vez de com seus concorrentes.
Dica prática: Por exemplo, uma empresa que investe em produtos ecológicos ou práticas de comércio justo pode conquistar um nicho de mercado em que os consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos alinhados aos seus valores.
3. Atração e Retenção de Talentos
Funcionários querem mais do que um salário ao escolher onde trabalhar. As novas gerações, em especial, buscam empresas que tenham propósito e que estejam comprometidas com causas que eles acreditam. Ter políticas claras de responsabilidade social não só atrai talentos, mas também ajuda a manter colaboradores engajados e motivados.
Benefício real: Uma equipe mais comprometida e satisfeita geralmente significa maior produtividade e menor rotatividade de funcionários.
4. Aumento da Confiança e Lealdade dos Consumidores
Os consumidores de hoje se preocupam com o impacto social e ambiental das marcas que consomem. Ao verem que uma empresa se preocupa com esses aspectos, eles se tornam mais leais. Essa confiança gera um relacionamento duradouro, em que os consumidores voltam a comprar produtos e serviços, recomendam a marca e até defendem a empresa em tempos difíceis.
Exemplo prático: Empresas que apoiam causas ambientais ou sociais tendem a construir um vínculo emocional com seus clientes, o que é muito mais difícil de ser quebrado do que um simples laço transacional.
5. Redução de Custos Operacionais
Pode parecer contraintuitivo, mas investir em práticas sustentáveis pode ajudar a reduzir custos a longo prazo. Medidas como economia de energia, reciclagem e redução de desperdícios são não só benéficas para o meio ambiente, mas também para o bolso da empresa.
Dica prática: Um bom exemplo são as empresas que investem em eficiência energética. Ao implementar soluções verdes, elas reduzem suas contas de eletricidade e, ao mesmo tempo, se posicionam como defensoras do meio ambiente.
Adotar a RSC não é apenas uma questão de fazer o que é certo; é uma estratégia inteligente que traz retornos concretos. No próximo tópico, veremos como essas práticas também beneficiam a sociedade de maneira ampla e duradoura.
Impacto Social da Responsabilidade Social Corporativa
Quando uma empresa adota a Responsabilidade Social Corporativa (RSC), os benefícios vão além das paredes do escritório. O impacto das ações se estende para a sociedade, criando mudanças positivas que podem transformar vidas e comunidades inteiras. Vamos ver de que maneiras a RSC pode influenciar diretamente o tecido social.
1. Redução de Desigualdades Sociais
Empresas socialmente responsáveis ajudam a reduzir desigualdades ao promover práticas justas e inclusivas. Isso pode incluir desde a adoção de políticas de diversidade e igualdade de oportunidades até a oferta de condições de trabalho dignas e justas.
Exemplo prático: Muitas empresas investem em programas de capacitação profissional para comunidades vulneráveis, ajudando a criar novas oportunidades de emprego e, consequentemente, reduzindo a desigualdade social. Quando empresas se comprometem com salários justos e inclusão, elas elevam o padrão de vida de seus funcionários e das suas famílias.
2. Promoção de Práticas Empresariais Éticas
A RSC incentiva as empresas a agirem de forma ética e transparente em suas relações comerciais. Isso inclui garantir que seus fornecedores também sigam práticas sustentáveis e respeitem os direitos humanos, além de combater a corrupção em todas as suas formas.
Benefício real: Empresas que promovem uma cadeia de suprimentos ética não apenas garantem a qualidade de seus produtos, mas também evitam estar associadas a práticas abusivas, como trabalho infantil ou trabalho em condições análogas à escravidão. Isso cria uma rede mais justa e responsável de produção e consumo.
3. Fortalecimento das Comunidades Locais
Muitas empresas escolhem apoiar as comunidades onde estão inseridas, criando programas sociais, ambientais ou educacionais. Isso não só melhora a qualidade de vida nessas áreas, como também fortalece o vínculo entre a empresa e a comunidade.
Exemplo prático: Um exemplo comum são os programas de incentivo à educação, em que as empresas oferecem bolsas de estudo, cursos de capacitação ou até mesmo infraestrutura para escolas em áreas carentes. Isso não apenas empodera indivíduos, mas também eleva o nível educacional de toda a comunidade.
4. Incentivo ao Voluntariado e à Participação Social
Muitas empresas incentivam seus funcionários a se engajar em atividades de voluntariado, oferecendo tempo livre remunerado para essas atividades ou organizando iniciativas voluntárias corporativas. Ao promover o voluntariado, as empresas não só contribuem diretamente para a sociedade, mas também criam uma cultura organizacional baseada em empatia e propósito.
Benefício para a empresa e a sociedade: Quando funcionários são incentivados a participar de ações voluntárias, eles se tornam mais conectados com a comunidade e com a própria empresa, criando um ciclo positivo de engajamento e bem-estar social.
5. Parcerias com ONGs e Projetos Sociais
Muitas empresas criam parcerias estratégicas com ONGs, projetos sociais ou organizações comunitárias. Essas parcerias não apenas ampliam o alcance das iniciativas, mas também ajudam a garantir que os esforços sociais sejam direcionados para áreas de maior necessidade, criando um impacto mais significativo e duradouro.
Dica prática: Ao colaborar com ONGs locais, empresas conseguem direcionar recursos e expertise para resolver problemas específicos, como saneamento básico, educação ou combate à fome, criando um impacto real nas vidas das pessoas.
A responsabilidade social corporativa não é apenas uma estratégia interna; ela tem o poder de gerar mudanças profundas na sociedade. Desde a redução de desigualdades até o fortalecimento de comunidades, as empresas que adotam práticas responsáveis são capazes de criar um legado de impacto positivo. E como as práticas sustentáveis se alinham a esse compromisso social? É o que veremos na próxima seção.
Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa
Sustentabilidade e Responsabilidade Social Corporativa (RSC) caminham lado a lado. No mundo de hoje, empresas precisam pensar além do agora e considerar o impacto de suas ações no futuro. Adotar práticas sustentáveis não é apenas bom para o meio ambiente, é também uma forma de garantir o sucesso a longo prazo — para o negócio, a sociedade e o planeta.
1. A Relação Entre Sustentabilidade e RSC
Enquanto a RSC abrange diversas áreas — social, econômica e ambiental —, a sustentabilidade foca especialmente no equilíbrio entre as necessidades atuais e a preservação dos recursos para as gerações futuras. Empresas que se comprometem com a sustentabilidade são aquelas que entendem que seu crescimento não pode vir à custa do meio ambiente.
Exemplo prático: Uma empresa de alimentos pode adotar políticas de agricultura sustentável, garantindo que seus fornecedores usem técnicas de cultivo que protejam o solo e economizem água. Isso ajuda a garantir que os recursos naturais continuem disponíveis no futuro, ao mesmo tempo em que protege a biodiversidade.
2. Iniciativas Verdes: Como as Empresas Estão se Adaptando
Cada vez mais, empresas estão adotando iniciativas “verdes” para reduzir seu impacto ambiental. Essas práticas vão desde a redução do consumo de energia e água até a minimização de resíduos e a utilização de materiais recicláveis. Vamos ver alguns exemplos de ações sustentáveis que se tornaram tendência no mundo corporativo:
- Uso de energia renovável: Empresas estão investindo em fontes de energia limpa, como solar e eólica, para alimentar suas operações. Isso reduz a emissão de carbono e demonstra o compromisso com a redução dos efeitos das mudanças climáticas.
- Redução de plásticos: Muitas empresas, especialmente do setor de alimentos e bebidas, estão eliminando plásticos descartáveis e substituindo-os por alternativas biodegradáveis. O impacto no meio ambiente é significativo, especialmente em áreas urbanas, onde o lixo plástico é um grande problema.
- Economia circular: Empresas estão adotando modelos de negócios onde os produtos são desenhados para serem reutilizados ou reciclados, reduzindo a quantidade de resíduos e estendendo o ciclo de vida dos produtos. Isso é especialmente importante em indústrias como a moda, onde o “fast fashion” contribui para o acúmulo de lixo têxtil.
3. Sustentabilidade Como Vantagem Competitiva
Adotar práticas sustentáveis não só ajuda o meio ambiente, como também melhora a imagem da empresa e aumenta a confiança do consumidor. Hoje, clientes estão cada vez mais preocupados com a origem e o impacto dos produtos que consomem. Empresas que demonstram responsabilidade ambiental ganham a lealdade dos consumidores e se destacam da concorrência.
Dica prática: Iniciativas como certificações ambientais (ex.: ISO 14001) ou selos de produtos sustentáveis não apenas atestam a responsabilidade da empresa, mas também servem como ferramentas de marketing, atraindo consumidores conscientes e diferenciando a marca no mercado.
Integrar a sustentabilidade à Responsabilidade Social Corporativa é um passo crucial para garantir um futuro próspero, tanto para as empresas quanto para o planeta. E, embora muitas empresas já estejam se adaptando, ainda existem desafios a serem superados na implementação dessas práticas. Como lidar com esses obstáculos? Isso é o que vamos descobrir na próxima seção.
Desafios na Implementação da Responsabilidade Social Corporativa
Embora a Responsabilidade Social Corporativa (RSC) traga inúmeros benefícios, sua implementação pode ser desafiadora. Muitas empresas enfrentam barreiras ao tentar incorporar práticas responsáveis no dia a dia, seja por questões culturais, econômicas ou até pela falta de entendimento sobre como integrar essas ações de maneira eficaz. Vamos explorar alguns dos desafios mais comuns e como superá-los.
1. Resistência Cultural
Uma das maiores barreiras para a adoção da RSC dentro das empresas é a resistência cultural. Nem todos os membros da organização estão prontos para aceitar mudanças, especialmente quando essas mudanças desafiam práticas tradicionais ou mexem com o “status quo”.
Desafio comum: Em empresas com uma cultura profundamente enraizada no lucro acima de tudo, a ideia de alocar recursos para iniciativas sociais ou ambientais pode ser vista como uma distração ou até um desperdício.
Solução: A chave para superar essa resistência é a educação e a comunicação. Quando os líderes da empresa se comprometem a demonstrar os benefícios a longo prazo da RSC — tanto em termos financeiros quanto reputacionais — a cultura organizacional começa a mudar. Além disso, envolver funcionários em ações e decisões relacionadas à RSC pode gerar um senso de pertencimento e engajamento com essas iniciativas.
2. Custos e Limitações Orçamentárias
Outro obstáculo comum é a percepção de que as práticas de RSC são caras e inviáveis, especialmente para empresas menores. De fato, algumas iniciativas, como a adoção de energias renováveis ou a implementação de práticas de produção mais sustentáveis, podem exigir investimentos iniciais significativos.
Desafio comum: Muitos empresários temem que investir em RSC possa impactar negativamente os lucros a curto prazo, o que torna difícil justificar o custo de tais iniciativas.
Solução: Embora o investimento inicial possa ser maior, a adoção de práticas responsáveis geralmente gera economia a longo prazo. Além disso, há muitas opções acessíveis para empresas menores, como programas de voluntariado corporativo ou a adoção de pequenas ações sustentáveis, como a redução do uso de papel. Outro ponto importante é que consumidores estão cada vez mais dispostos a pagar um pouco mais por produtos de empresas que demonstram compromisso com a sustentabilidade e o bem-estar social.
3. Falta de Liderança Engajada
Para que a RSC funcione, é fundamental que haja apoio e engajamento da liderança. Sem líderes comprometidos com a causa, as iniciativas podem acabar ficando apenas no papel, sem se tornarem parte da cultura e das operações diárias da empresa.
Desafio comum: Em muitas empresas, a RSC é vista como responsabilidade exclusiva de um departamento (geralmente o de marketing ou relações públicas), em vez de ser uma prioridade estratégica. Isso limita o impacto das ações e gera uma desconexão entre o que a empresa promete e o que realmente faz.
Solução: A liderança precisa ser o exemplo. Quando os executivos e diretores estão verdadeiramente engajados nas causas sociais e ambientais, isso se reflete nas decisões da empresa como um todo. O envolvimento ativo da liderança também ajuda a inspirar o restante da equipe e garante que a RSC se torne parte da estratégia de negócios, e não apenas uma iniciativa isolada.
4. Medir e Demonstrar Resultados
Outro desafio é a dificuldade em medir e demonstrar o impacto das ações de RSC. Muitas empresas têm dificuldade em mostrar, de forma tangível, como suas iniciativas estão gerando benefícios, tanto para a sociedade quanto para os seus próprios negócios.
Desafio comum: Algumas iniciativas sociais e ambientais têm resultados que só aparecem a longo prazo, tornando difícil justificar o impacto imediato para acionistas ou investidores.
Solução: As empresas podem investir em ferramentas de medição de impacto, como relatórios de sustentabilidade ou indicadores de desempenho (KPIs) específicos para as suas ações de RSC. Além disso, a transparência é essencial — ao compartilhar seus avanços, desafios e metas com o público, as empresas ganham credibilidade e demonstram seu compromisso contínuo com a responsabilidade social.
5. Falta de Conhecimento e Recursos
Especialmente em pequenas e médias empresas, pode haver falta de conhecimento sobre como implementar de forma eficaz políticas de RSC. Além disso, muitas vezes há uma escassez de recursos dedicados a desenvolver essas iniciativas.
Desafio comum: Sem uma equipe ou recursos dedicados à RSC, muitas empresas acabam postergando ou subestimando a importância dessas ações.
Solução: As empresas podem começar pequeno, com iniciativas simples e de baixo custo, e buscar parcerias com ONGs ou consultorias especializadas para orientá-las na implementação de estratégias mais robustas. A capacitação de funcionários e a criação de comitês internos dedicados à RSC também são formas eficazes de manter o progresso e garantir que essas ações não sejam deixadas de lado.
A implementação da responsabilidade social corporativa pode parecer complexa, mas os desafios são superáveis com planejamento, educação e comprometimento. As empresas que conseguem integrar a RSC em suas operações colhem os frutos, tanto em termos de impacto social quanto de sucesso empresarial. Mas e o futuro? O que podemos esperar das práticas de RSC nos próximos anos? É o que vamos explorar na próxima seção.
O Futuro da Responsabilidade Social Corporativa
A Responsabilidade Social Corporativa (RSC) está em constante evolução. À medida que as expectativas da sociedade mudam e novas tecnologias surgem, as empresas precisam se adaptar para continuar sendo relevantes e, mais importante, responsáveis. O futuro da RSC promete um cenário ainda mais desafiador, mas também cheio de oportunidades para quem deseja estar à frente. Vamos dar uma olhada no que podemos esperar nos próximos anos.
1. Tendências Emergentes em RSC
O futuro da RSC será moldado por novas demandas e desafios globais. Algumas tendências emergentes já estão apontando o caminho para onde as empresas precisarão direcionar seus esforços:
- Economia circular: A ideia de “fechar o ciclo” está ganhando força. Em vez de produzir, consumir e descartar, as empresas estão sendo incentivadas a pensar em maneiras de reutilizar, reciclar ou transformar seus produtos. Essa abordagem reduz o desperdício e minimiza o impacto ambiental.
- Diversidade e inclusão: As questões de diversidade e igualdade dentro das empresas ganharão ainda mais importância. Empresas que não se adequarem a essas demandas sociais correm o risco de perder talentos e consumidores, que cada vez mais priorizam marcas que refletem seus valores.
- Transparência e ética: No futuro, a transparência será uma obrigação. Com o avanço da tecnologia, os consumidores poderão acompanhar de perto as práticas das empresas, tornando a responsabilidade e a ética aspectos inegociáveis para qualquer negócio.
2. O Uso de Novas Tecnologias
A tecnologia será uma grande aliada da RSC no futuro. Ferramentas digitais, como inteligência artificial e blockchain, podem ajudar as empresas a serem mais transparentes e eficientes em suas iniciativas de responsabilidade social.
- Inteligência Artificial (IA): A IA pode ser usada para monitorar o impacto das ações de RSC em tempo real, desde a eficiência energética até a gestão de resíduos. Além disso, pode ajudar na criação de soluções inovadoras para problemas ambientais e sociais.
- Blockchain: A tecnologia blockchain tem o potencial de aumentar a transparência nas cadeias de suprimentos. Ela permite que as empresas rastreiem de forma detalhada a origem de seus produtos e compartilhem essas informações com os consumidores, garantindo práticas éticas e sustentáveis.
3. Regulamentações Governamentais
O papel dos governos será cada vez mais proeminente na definição de regras para a RSC. À medida que questões como mudanças climáticas e desigualdade social se intensificam, os governos tendem a criar regulamentações mais rígidas para garantir que as empresas adotem práticas responsáveis.
- Exigências de relatórios de sustentabilidade: Em muitos países, as empresas já são obrigadas a divulgar suas ações de RSC por meio de relatórios anuais. Esse tipo de exigência deve se expandir, com um foco ainda maior na transparência e na mensuração dos impactos sociais e ambientais.
- Incentivos fiscais para práticas sustentáveis: Além das regulamentações, os governos também podem oferecer incentivos fiscais para empresas que investem em tecnologias limpas e projetos de impacto social. Isso ajudará a encorajar mais organizações a aderirem às práticas de RSC.
4. Consumidores e Investidores Mais Exigentes
O comportamento dos consumidores e dos investidores está mudando rapidamente. Tanto um quanto o outro estão cada vez mais atentos às práticas das empresas, e essa tendência deve se intensificar no futuro. Empresas que não priorizarem a RSC correm o risco de perder espaço no mercado.
- Consumidores conscientes: A nova geração de consumidores está muito mais preocupada com questões como sustentabilidade, igualdade e ética. Eles procuram marcas que estejam alinhadas com seus valores e estão dispostos a pagar mais por produtos de empresas que demonstram responsabilidade social.
- Investimento responsável: Investidores também estão começando a adotar critérios de sustentabilidade para guiar suas decisões de investimento. Isso significa que empresas que não aderirem às práticas de RSC podem perder investidores ou até ver suas ações desvalorizadas no mercado.
5. O Caminho para Empresas Mais Humanas
Por fim, o futuro da RSC aponta para uma transformação ainda mais profunda nas empresas: o entendimento de que, no final das contas, as organizações são feitas por pessoas e para pessoas. A RSC ajudará a moldar um novo conceito de empresa — não apenas focada em lucro, mas em criar um impacto positivo duradouro.
- Empresas com propósito: A tendência é que as empresas deixem de ser vistas apenas como instituições que geram lucro e passem a ser reconhecidas como agentes de transformação social. Marcas com propósito claro terão maior apelo, tanto para consumidores quanto para investidores.
- O papel da liderança humana: As empresas precisarão de líderes empáticos, com uma visão clara do impacto social e ambiental de suas decisões. Líderes que priorizam o bem-estar coletivo serão fundamentais para moldar o futuro das organizações.
Conclusão
A Responsabilidade Social Corporativa (RSC) se tornou um elemento essencial para qualquer empresa que queira prosperar no mundo moderno. Mais do que uma simples estratégia de marketing, a RSC reflete o compromisso das empresas com um futuro mais sustentável, ético e humano.
Ao longo deste artigo, exploramos os benefícios da RSC para as empresas, o impacto positivo que ela gera na sociedade e os desafios que ainda precisam ser superados para que essa transformação aconteça de forma eficaz.
A implementação de práticas de RSC não só melhora a reputação das empresas, como também fortalece laços com consumidores e funcionários, aumenta a competitividade e contribui para um mercado mais justo e sustentável.
Embora os desafios existam — como resistência cultural, custos iniciais e a necessidade de liderança engajada —, os benefícios a longo prazo são inegáveis.
O futuro da RSC promete trazer ainda mais inovação, com o uso de novas tecnologias para aumentar a transparência e eficiência das ações, além de uma pressão crescente por parte de consumidores e investidores mais conscientes.
As empresas que abraçarem essas tendências estarão melhor posicionadas para enfrentar os desafios de um mundo cada vez mais exigente, e, ao mesmo tempo, contribuirão para a construção de um futuro mais justo e sustentável para todos.
Em resumo, a RSC não é apenas uma ferramenta para gerar impacto positivo — ela é o caminho para que as empresas se tornem protagonistas na transformação social e ambiental.
E, no final das contas, essa é a verdadeira essência de uma organização: criar valor não apenas para seus acionistas, mas para toda a sociedade.