13 Maiores Mitos na Captação de Recursos para ONGs

Solidariedade e empatia são valores que movem o mundo.
Quando indivíduos se unem em torno de causas sociais, ambientais ou comunitárias, floresce a esperança de dias melhores.
É neste contexto de união pelo bem comum que a captação de recursos para ONGs desempenha função crucial.
Cada real arrecadado pode significar o resgate de vidas em situação de vulnerabilidade.
Este artigo convida você, caro leitor e cidadão, a refletir sobre os mitos na captação de recursos para ONGs e suas potenciais implicações.
Economato: O sistema que entende as necessidades da sua OSC.
Introdução aos Mitos na Captação de Recursos para ONGs
Muitas organizações do Terceiro Setor ainda possuem ideias limitantes em relação à captação de recursos, o que prejudica suas iniciativas de angariar fundos junto a apoiadores individuais ou empresas.
Essas crenças equivocadas acabam minando esforços de captadores e gerando desmotivação.
Por isso, é fundamental desmistificar algumas destas falsas impressões que cercam o universo da captação de recursos para ONGs.
Apenas superando essas barreiras mentais, as organizações podem desenvolver estratégias assertivas, consistência em solicitar contribuições e resiliência diante de recusas.
Vejamos a seguir 13 dos maiores mitos sobre captação de recursos para ONGs e o Terceiro Setor:
Mito 1 – Brasileiros não têm cultura de doar
A realidade mostra um cenário muito mais complexo e promissor.
De acordo com o relatório “Pesquisa Doação Brasil 2022” do IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social), cerca de 84% dos brasileiros realizaram algum tipo de doação em 2022, movimentando recursos financeiros, bens materiais e trabalho voluntário.
Além disso, 48% da população fez doações em dinheiro.
Quando consideramos apenas as doações para organizações e iniciativas socioambientais, sem incluir esmolas e dízimos, o percentual foi de 36%.
Ou seja, mais de um terço dos brasileiros doou para ONGs, campanhas emergenciais, obras sociais e similares.
Portanto, essa crença sobre falta de cultura de doação não condiz com os números e tendências do país apresentados no relatório.
É um mito que ONGs precisam abandonar para prosperar em suas iniciativas de captação de recursos.
Os dados mostram que a solidariedade e o apoio da população a causas sociais e ambientais estão em ascensão.
Mito 2 – Pequenas ONGs Não Conseguem Captar Grandes Valores
Outra falsa ideia é que somente grandes organizações, com times e estrutura consolidada, têm capacidade para captar recursos expressivos junto a indivíduos ou empresas.
Em suma, essa crença não encontra correspondência na realidade: pequenas ONGs também angariam milhões em doações, e podem começar estratégias gradativas para ampliar a arrecadação consistentemente ao longo do tempo.
Por onde começar?
Com a identificação de causas, assim como valores e propostas, que realmente mobilizem grupos de pessoas a se engajarem.
Em seguida, é necessário investimento alto em relacionamento, atendimento personalizado aos doadores, e múltiplas frentes para que indivíduos possam contribuir, desde pequenas quantias até doações substanciais.
Assim, a estrutura da ONG não é fator limitante: com planejamento, dedicação e execução competentes, até causas menores conseguem construir uma sólida e crescente base de doadores.
Mito 3 – Solicitar Doações é Sinônimo de Implorar por Caridade
Outro mito corriqueiro é que pedir contribuições financeiras para ONGs equivale a implorar ou “mendigar”.
Em alguns casos, essa crença faz parte até da ideologia do próprio fundador ou conselho administrativo da organização.
No entanto, solicitar apoio para causas que geram impacto social positivo não pode e não deve ser encarada como pedir esmola.
Pelo contrário, é convidar indivíduos ou empresas a fazerem um investimento inteligente e transformador em projetos que eles mesmos acreditam e defendem.
Ao contrário de mera caridade, doações para ONGs eficientes geram retornos indiretos para os próprios doadores, por meio da construção de uma sociedade mais justa, pacífica e próspera a longo prazo.
Portanto, superar essa falsa crença é essencial.
Mito 4 – Tecnologia Não é Essencial na Captação de Recursos
Embora o contato humano ainda seja central na manutenção de relacionamentos com doadores, adotar ferramentas e plataformas digitais é cada vez mais decisivo para o sucesso de ONGs em geração de receitas.
Sites otimizados, integração com redes sociais, formulários online, ferramentas de e-mail marketing, plataformas de crowdfunding e outros recursos têm potencial de multiplicar os esforços de captação, automatizar tarefas e ampliar alcance de forma exponencial
Ignorar essas tecnologias é deixar oportunidades e facilidades preciosas de lado.
Portanto o mito da não necessidade da tecnologia deve ser combatido dentro de organizações do Terceiro Setor, para que invistam de modo competente em recursos digitais para captação e gestão de doadores.
Mito 5 – Doações Surgem Espontaneamente
O mito de que doações aconteceriam naturalmente, sem planejamento e trabalho organizado e consistente de captação, ainda impera em parte das ONGs.
Muitas acreditam que por terem, supostamente, uma “causa nobre”, indivíduos ofertarão contribuições generosas automaticamente quando tomarem conhecimento da organização.
Vimos anteriormente, por dados concretos, que a cultura de doar existe no Brasil. Contudo, esse ato depende de fatores como relacionamento, cuidado no convencimento, facilidade em contribuir e clareza quanto a alocação dos recursos doados.
Em outras palavras, doações não brotam magicamente.
Superação desse mito implica aceitar que captação deve ser considerada função crítica e estratégica dentro de ONGs, com processos e recursos bem definidos, ao lado de programas e projetos que executam.
Sem trabalho sério e bem estruturado de fundraising, qualquer organização acaba limitando drasticamente seu impacto social no longo prazo
Mito 6 – É preciso investir altos valores em captação profissional
Não raro gestores de ONGs resistem em destinar verba para captação profissional, sob a crença de que seriam necessários altíssimos investimentos para montar times especializados ou contratar consultorias caras.
Porém, hoje já existem soluções mais acessíveis e customizáveis de acordo com o estágio e realidade financeira de cada entidade.
Além disso, a própria equipe da ONG pode ser capacitada internamente, por cursos online gratuitos ou pagos extremamente em conta perto de seus benefícios em longo prazo.
Portanto, não existe desculpa para perpetuar o mito de que fundraising profissional custa uma fortuna e estaria fora da realidade da maioria das organizações.
Mito 7 – Campanhas digitais não resultam em doações reais
Diante de tantos pedidos de contribuições em redes sociais ou por e-mail marketing, muitos desconfiam que essas campanhas raramente resultariam em doações efetivas para as ONGs.
Seriam apenas modismo, sem potencial real de converter usuários em doadores contribuintes assíduos.
Mas essa desconfiança não encontra respaldo nos números apresentados no relatório “Pesquisa Doação Brasil 2022” do IDIS.
De acordo com o estudo, 39% dos doadores utilizaram o Pix para fazer suas doações em 2022. Isso demonstra uma clara tendência de digitalização também nas doações para causas sociais.
Além disso, 17% dos doadores afirmaram ter sido influenciados por campanhas nas redes sociais ou por influenciadores digitais.
Entre os jovens da Geração Z, esse percentual sobe para 25%. O Instagram foi apontado como a principal rede social de inspiração para a doação.
Portanto, a crença na ineficácia de estratégias digitais precisa ser substituída por mais informação e disposição de testar e validar iniciativas online de captação de recursos para ONGs e causas socioambientais.
Elas têm um enorme potencial de engajar as novas gerações de apoiadores.
Mito 8 – É melhor não abordar doadores frequentemente
Outro mito corriqueiro entre ONGs é que pedir com muita frequência às mesmas pessoas ou empresas poderia “cansar” os doadores, levando-os a cessarem suas contribuições.
Em alguns casos chega a existir até mesmo um limite de vezes ao ano que a organização faria contato com seus apoiadores.
Mas essa crença costuma surgir justamente pela falta de cuidado, personalização e construção de vínculos reais com cada indivíduo ou companhia.
Na verdade, quanto mais sólido o relacionamento, com real interação e não simples “bombardeio” unilateral de pedidos, mais o doador se interessa em manter e até ampliar suas doações.
Portanto, em vez de simplesmente evitar contatos frequentes, as ONGs devem aprimorar suas comunicações bilaterais, demonstrando cuidado genuíno com cada pessoa, oferecendo atendimento personalizado e informações individualizadas sobre a alocação dos recursos e conquistas alcançadas com cada contribuição específica.
Mito 9 – Somente Grandes Doadores Importam
Há também o mito de que apenas grandes doadores (pessoas muito ricas ou grandes empresas) teriam relevância suficiente para justificar esforços de relacionamento ou campanhas customizadas de captação de recursos.
No entanto, montar uma base ampla de pequenos e médios doadores recorrentes tem igual ou maior importância estratégica para a sustentabilidade financeira de longo prazo de uma ONG.
Atingir um volume alto de contribuições mensais, mesmo que pequenas individualmente, gera previsibilidade e reduz vulnerabilidades.
Em suma, não se deve negligenciar nenhum perfil ou valor de doação. Grandes doadores tendem a doar menos vezes e montantes muito flutuantes.
Já indivíduos comuns que contribuem quantias menores, mas fixas todo mês, formam um poderoso alicerce financeiro quando somados em volumes expressivos. Portanto este mito precisa cair por terra.
Mito 10 – Captação de Recursos para ONGs Requer Conexões Exclusivas
Não são poucas as organizações que cultivam o mito de que angariar verbas depende primordialmente de conexões privilegiadas com pessoas muito ricas e influentes.
Em outras palavras, sem networking elitizado não haveria captação efetiva.
Ainda que relacionamentos qualificados com líderes e personalidades possam ajudar, eles estão longe de ser fator decisivo hoje em dia.
A captação moderna e de alto desempenho depende de estratégia, criatividade, técnicas avançadas e dedicação à causa.
Qualquer ONG, por menor que seja, pode obtê-las.
Dados, pessoal especializado, cuidado no convencimento e foco na experiência do doador são os verdadeiros diferenciais.
Portanto o mito do networking exclusivo como pré-requisito deve ser abandonado.
Mito 11 – Captação de Recursos para ONGs É Uma Atividade Isolada
Outra falsa crença bastante prejudicial é a de se considerar captação de recursos uma função isolada dentro da ONG, executada de modo independente por um departamento ou pessoas específicas, sem integração com outras áreas.
Na verdade, para ser bem sucedida e perene, a cultura de fundraising precisa ser difundida em toda a organização, desde a diretoria até equipes de projeto no campo.
Todos devem ter claro a importância de seus papéis no relacionamento e prestação de contas a doadores atuais ou potenciais.
Portanto iniciativas fragmentadas tendem ao fracasso. Times, sistemas e processos de captação devem estar conectados aos demais na ONG.
Além disso, núcleos de voluntários externos são poderosas alavancas nessa causa quando bem treinados, coordenados e motivados.
Mito 12 – Captação de recursos para ONGs é algo complexo demais
Finalmente, outro mito paralisante é que construir uma área sólida e crescente de captação seria tarefa complexa demais para a realidade da maioria das ONGs. Envolveria conhecimentos específicos demais, além de sistemas e equipes numerosas.
Mais uma vez, trata-se de ideia equivocada.
Como vimos, investimentos focados em capacitação e ferramentas certeiras têm grande retorno.
E fundamentos cruciais como segmentação de públicos, jornadas do doador e mensagens convincentes já são domínio de numerosos profissionais no Terceiro Setor hoje em dia.
Portanto não existe desculpa. Recursos gratuitos ou acessíveis, somados à vontade política da gestão, são suficientes para dar largada a iniciativas bem sucedidas de médio e longo prazo em captação para a grande maioria das ONGs.
Mito 13 – Não Posso Começar a Captar Recursos Hoje

Contrário à crença comum, iniciar a captação de recursos para uma ONG não é um processo longo ou complicado.
Com as ferramentas certas, como as oferecidas pelo software Economato, as organizações podem começar a captar recursos de forma eficiente e segura quase imediatamente.
O Economato oferece uma solução integrada para gestão financeira e captação de recursos, simplificando o processo de doações online e tornando-o mais acessível.
O software permite que as ONGs criem campanhas de captação com opções de doação flexíveis, incluindo doações únicas ou recorrentes, e venda de ingressos para eventos.
Além disso, o Economato oferece integração direta com o módulo de gestão financeira, garantindo que todas as transações sejam automaticamente registradas e gerenciadas, reduzindo a necessidade de entrada manual de dados e aumentando a eficiência operacional.
Com uma interface amigável, o Economato também oferece personalização em comunicações com doadores, permitindo uma maior conexão e engajamento.
A plataforma garante segurança nas transações, utilizando protocolos robustos para proteger as informações dos doadores.
Portanto, o mito de que não é possível começar a captar recursos imediatamente é claramente desmentido.
O Economato proporciona uma solução ágil e segura, permitindo que as ONGs iniciem suas atividades de captação de recursos de maneira eficiente e eficaz, maximizando suas oportunidades de arrecadação e impacto social.
Conclusão
Vimos agora uma lista abrangente dos principais mitos e crenças limitantes que ainda permeiam o universo da captação de recursos para ONGs na visão de muitas organizações.
Desconstruí-los com informações e casos concretos é o primeiro passo para conquistar mentes e corações de gestores do Terceiro Setor rumo a estratégias modernas e resultados expressivos de fundraising.
Além de se informar mais sobre o tema, cada líder precisa olhar para dentro de sua ONG e identificar quais destes mitos ainda persistem como barreiras mentais ao progresso na cultura e atividade de captação.
Conversas francas podem trazer à tona falsas crenças não assumidas que precisam ser superadas coletivamente.
Por fim, a busca por referências, benchmarks, cursos e o network com outras organizações são caminhos essenciais para consolidar avanços com consistência.
Afinal, levando captação a sério hoje, a ONG garantirá recursos para ampliar seu impacto social por muitos anos.